NO ANOITERCER O LUZIR
Sinto-me feliz pela traça que não me comeu
na hora da minha desgraça em lenções
de seda que alisavam meu corpo
enquanto faziam graça de mim.
Riram da miséria do fardo
na hora do abraço seco
do pranto em choro
no anoitecer de luz.
Agora vejo a face da terra
a olhar para meu rosto
e a sorrir alegre, feliz!
Sou a natureza viva
que caminha firme
e não afunda no pranto.