O BOSQUE
Recordo teu vulto de homem
Por entre as árvores da floresta;
Onde escondo-me por muitas horas;
Nos galhos frondosos dos pinheiros.
Vejo-te nas minhas lembranças turvas;
Nublado pelo vento que passa em folhas;
Tua imagem refletida ao cair dos galhos;
Formando um tapete que aduba a vida.
És a ilusão que talvez eu faça mal;
Quando penso que me encontro em ti;
Numa recordação morta em inspiração.
Se das idiossincrasias da vida fostes meu;
Não sei o motivo da morte em vida;
Que hoje em vulto se desfazes em breu.