A VINDA DA FAMÍLIA REAL PARA O BRASIL (SONETOS)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Napoleão ameaçava os portugueses frequentemente,

A Inglaterra pressionava como amiga para romper,

Relações com a França fazendo o seu comércio crescer;

Revoltando os franceses que planejavam algo a frente.

Invadir Lisboa tomando tudo como de presente...

Junot comandava as tropas até a fronteira a preencher,

Ordens de acabar com Orléans e Braganças a rever,

Canhões e baionetas a uma batalha subserviente.

Toda corte portuguesa reuniu bagagens na sentença,

Foragida para algum lugar no aconchego presença;

Navegando até o horizonte a algo novo vindo a acontecer.

Mediante o mar revoltoso para uma viagem a tudo ver,

Uma frota de mais de dez navios atracou na Bahia a descer,

Toda a sua corte, bagagens a uma tripulação extensa.

Muitas famílias da realeza Luzitana continuava a descer,

Com eles bibliotecas, jóias e pertences no que veio descrever,

Vassalos como súditos a um número expressivo equivalente,

Refugiando em 1824 no Porto de Salvador proeminente.

Pouco tempo depois veio para o Rio de Janeiro procedente,

Para o Paço Imperial na Praça XV prontos para condescender,

Rumando para o Palácio Imperial de São Cristóvão a permanecer,

Aprovando uma constituição, cartas magnas reluzentes.

E de lá declarou guerra a Napoleão como um pretendente,

Aumentando relações com os ingleses a atitude urgente;

Escoltado para vir, e retornar a Portugal depois de crescer.

Assumindo o reinado Dom João VI após sua mãe morrer,

Ele fez mais pacto com a Inglaterra para lhes proteger;

Do retorno à terra natal voltando para sua casa e gente.

E isto se deu, porque os que ficaram em Portugal lutaram veementemente,

Ferramentas e panelas expulsaram o inimigo de uma vez a vencer.

Daí Dom João VI, deixou seu filho mais velho no comando pertinente,

Dom Pedro I como imperador do segundo reinado subsequente.

Dele viria seu filho príncipe regente Dom Pedro II excedente...

Tornado imperador na maior idade a maior patente a exercer,

Monarquia absolutista as regras de Portugal por proceder,

Deixando o Brasil nestes três reinados de ser colônia veemente.

Imperando até a Proclamação da República a um golpe intermitente,

Expulsando a família real do país na precaução de retomada renitente,

Apostado numa nação livre dos portugueses que era um novo amanhecer.

Destes três reinados através de uma fuga formou-se esta nação emergente,

Como refúgio da invasão francesa todos puseram pra cá correr...

De 1500 até a República uma colônia foi de Portugal intermitente.