DIANA

Sou alvo de um certo benquerer

Que me prende no arco do olhar

E tem no riso a flecha que no ar

flutua em ondas, vindo me abater.

Na ponta um veneno sei que há,

Mas da flecha não quero me esconder

E embora saiba que possa morrer,

Fico na mira e deixo-me alvejar.

Não me parece nada perigosa

E o jeito é de pessoa até dengosa,

Não creio que disfarce tanto assim.

Diana caça quem se quer caçado

E se o destino antes foi traçado,

Cedo à pequena morte no jardim...