AS SANDÁLIAS
Perturbado, estou nessa agonia tênue;
Fecho os olhos bem cerrados para o tempo;
Que desnuda-me e me desfaz em pranto;
As lágrimas que choram em minh'alma.
Ó, amor, se posso chamar-te na aflição nessa dor aflita;
Quando rojastes aos meus pés, os joelhos sobre o chão;
Mostrando-se servo de mim, a eternidade, da paixão em flor;
Clamei baixinho para não mais me afligir diante da compaixão.
tu és-me o véu que cobri-me no acariciar;
Lavando-me no ventre da vida que nasce;
No renascimento da vida esperançosa.
Sou teu homem que em surdina te louvo;
Por seres tu a luz que clareia minha vida;
Mostrando-me o esplendor do tudo num clamor.