ARCO-ÍRIS
O arco-íris na curva de um céu
Da boca desvendei com minha língua
E a vista apreciada não se míngua
À mente em que jamais se esvaneceu.
Fauno livre e erótico era eu
A aprender a exótica novilíngua
Na chuva que ainda sinto e não se amingua,
Até em dia que nunca choveu.
Do céu cai na taça de cristal
Ao pé do arco-íris e que ao final,
Ficou cheia de minha própria chuva.
A boca que formou o arco celeste,
Ao cabo do suspiro que me reste,
Ainda há de ser de minha boca a luva.