A FUGA
Na penumbra da minha ânsia;
Permaneço inerte, enfunando;
Porque estou sozinho, triste,
Preso nos porões do pensar.
Quero libertar-me das amarras;
Couraça que me amaldiçoa;
A trazer para mim a desgraça;
Num inverno de sal sem luar.
Quero pensar nos lírios branco;
Que passeiam pelo meu nu;
E, sentir-me livre da escuridão.
Vou-me embora de mim;
Voar com os pássaros;
Para acalmar meu anseio.