TU
Tens tudo quanto tu queres;
E não tens nada que te valha;
Porque estás nas masmorras;
Caducando o teu silêncio.
Silente vives a mergulhar;
Nas sombras do pensar;
Porque as amarras te prendem;
Por seres tu belo, não sabes soltares.
Os tormentos são ternos durante o dia;
E, eu sei que estás preso ao que criastes;
Porém não queres te liberdades desse adeus.
As noites eternas em lua te vestes;
Como profano da tua imagem nua;
Vives atrelado ao passado de um adeus.