Encontro dos rios

Foi em final de tarde que nos encontramos,

Observando o pôr do sol no Rio Poty,

Entre o encantamento que se via ali,

De nada me dou contas do que nós falamos.

Entre aragem, crepúsculo, flores e ramos,

Todos os meus olhares foram para ti,

Se me esqueci d'alguma coisa e me esqueci,

Perdoa-me, por vezes eu cometo enganos.

O meu maior engano foi acreditar

Que entre os teus sorrisos e meu olhar,

Tudo seria eterno no encontro dos rios. 

Só que, com o declínio do astro rei poente,

Levou consigo os sonhos de uma tarde quente

E nossos corações ficaram mais frios. 

 Aracaju, 09/ 01/ 2.021

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A Lena tem essa mania feia: Vai fazer uma iteração e faz melhor que o poema da gente!

👍👇🏻

Encontro dos Rios

Poderia ter sido um flerte banal,

Numa dessas redes sociais,

Um mero encontro casual.

Mas foi real, numa tarde quente

Torrente de palavras ao vento

Tudo antes do sol poente...

E o sol se pôs...

O encontro se acabou

Cada um para sua vida voltou.

Engana-te em achar que

Aquela tarde eu esqueci

Lembro cada segundo que vivi.

Mas o sol poente não é o fim

Enquanto houver sol

Tu viverás em mim.

L.L.

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Embora não tenha sido postado como interação, mas por se tratar de um poema de alta classe e feito, possivelmente, com o mesmo estado de espírito, aqui está, enviado pelo amigo Jota Garcia, que muito me honra. Apenas uma nota: No encontro dos rios, que originou meu soneto, estávamos eu, Lena Lustosa e Auricélia Saboia num restaurante flutuante. Eu estava mais feliz que nem pinto no lixo, com duas mulheres lindíssimas e inteligentes, filosofando!

SAUDADE

Por que será que meus olhos vertem

Furtivas lágrimas de saudade?

Será a falta que eles sentem

Daquele mar ao fim da tarde?

Da visão morna do sol poente,

Da calma ternura que invade

Quando a luz se vai lentamente

E se apaga a chama que arde?

Ou será que sou eu quem chora

Ao lembrar num passado distante

Outras Imagens daquela hora?

De um amor o fim angustiante,

O adeus, o choro, o rompante,

Uma dor que não vai embora.