ÚLTIMO ATO
Sou dístico em mim;
Duas vidas em ruas;
A recolher flores de maio;
Nas vazias noites nuas.
Escuto o cantar dos vagalumes;
Que estão a brilhar na escuridão;
E, continuo a recolher com o vento;
As flores das ruas que me desnuda.
Minha única certeza é o final do ato;
Onde fechar-se-á as cortinas de folhas;
No último ato da rua em tênue luar.
Minhas lágrimas de alegria sorri;
Pela sinceridade de meu semblante;
Pardo diante de meu agasalhar.