ESPIRAIS
A vida, em mim dividida;
No ode universal de mim;
O plural eu a falar solar;
Queima-me na tempestade.
Sou a lira a tocar para ti;
E, sei o quanto és para mim;
Num espiral de adeus sem fim...
Terra, deste solo não és gentil.
Poderia eu calar tua voz;
E falar por ti enquanto nós;
Porque sempre estamos sós.
Hoje, sinto-o disperso;
Mas, não é-me concreto;
Se o deserto existe por nós.