AS DUAS FACES DO EU

Sentia-me alado por me sentir defenestrado;

E, morrediço livrei-me da tristeza d'alma;

Que golpeava-me como se eu fosse uma vida;

Pedida como um caduco sem rugas no rosto.

Meus olhos profundos pelo tempo de pensar;

Rezava para pousar numa árvore que desse frutos;

Para eu poder contar experiências vividas n'alma;

Que os pássaros do meu lado me gracejavam.

Toda minha vida eu coloquei-me sereno;

Numa postura de enxergar melhor o além;

Para descobrir o tempo que fui no presente ir.

Meu eu pequenino em estatura franzindo;

Sempre voou com o vento até concluir o tempo;

Que só me faz longevo antes de me sentir durável.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 02/01/2021
Código do texto: T7149988
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.