AS DUAS FACES DO EU
Sentia-me alado por me sentir defenestrado;
E, morrediço livrei-me da tristeza d'alma;
Que golpeava-me como se eu fosse uma vida;
Pedida como um caduco sem rugas no rosto.
Meus olhos profundos pelo tempo de pensar;
Rezava para pousar numa árvore que desse frutos;
Para eu poder contar experiências vividas n'alma;
Que os pássaros do meu lado me gracejavam.
Toda minha vida eu coloquei-me sereno;
Numa postura de enxergar melhor o além;
Para descobrir o tempo que fui no presente ir.
Meu eu pequenino em estatura franzindo;
Sempre voou com o vento até concluir o tempo;
Que só me faz longevo antes de me sentir durável.