VIAGEM
De quando em quando, faço meus passeios,
Pedalando a magrela das lembranças,
E paro ao pé dos morros vendo as brancas
Encostas conformando belos seios.
É íngreme a subida, sem receios,
Contudo, subo ágil as barrancas
E nos picos renovo as esperanças
De reaver os morros hoje alheios.
Estando a pradaria toda nua,
Iluminada pela luz da lua,
Desço afastando as pedras do talvez.
E ao chegar ao termo de alma inteira,
Banho o corpo cansado, o quanto queira,
Nas nascentes termais de tua nudez.