ESPERANÇA
Não sei se é saudade ou só lembrança
De um tempo de talvez que não passou,
Sem razão, se o peito hoje lembrou,
Pode ser que ainda reste esperança.
Não era fantasia de criança,
Mas, na irrealidade, o grande amor,
Entre o sonho e a ilusão sempre pairou
Como algo que se quer e não se alcança.
Entre o impossível, sonhos e segredos
Guardaram-se, e não se rompendo os medos,
Abriu-se para os dois a encruzilhada.
Quem sabe, esta lembrança de outrora,
Talvez saudade, sim, queira agora
Ver a antiga história retomada.