Leda Senilidade

As cores tenebrosas dos teus lábios

São astros oculares dos infernos

Suturas dos caminhos mais internos

Por dentro dos antigos alfarrábios.

Então naquela tarde os velhos sábios

Em sonhos brutos, cáusticos, paternos

Comeram todos versos com seus ternos

Observando os céus nos astrolábios.

Os medos que perpassam os jucundos

nos pensamentos maros, furibundos

Nasceram pendurados nos teus seios!

Assim, em tuas penas Jaçanã

Largaram os desenhos de hortelã

Na rota rápida perdi os freios!

Ledo Literato
Enviado por Ledo Literato em 10/12/2020
Código do texto: T7132177
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