Leda Senilidade
As cores tenebrosas dos teus lábios
São astros oculares dos infernos
Suturas dos caminhos mais internos
Por dentro dos antigos alfarrábios.
Então naquela tarde os velhos sábios
Em sonhos brutos, cáusticos, paternos
Comeram todos versos com seus ternos
Observando os céus nos astrolábios.
Os medos que perpassam os jucundos
nos pensamentos maros, furibundos
Nasceram pendurados nos teus seios!
Assim, em tuas penas Jaçanã
Largaram os desenhos de hortelã
Na rota rápida perdi os freios!