Alma Sangrada - Dueto

Socorra-me, meu Deus, que sofro tanto!

Minh’alma sangra e grita: Liberdade!

Meu corpo fraco espera piedade…

Perdido assim nos mares deste pranto!

Preciso duma dose de verdade:

O medo, aos poucos, rouba o meu encanto…

Queria ouvir o céu, o sol e o canto,

Mas vejo só barulho, insanidade!

Percebo as sombras velhas e funestas,

Vagando sobre a cama e pelas frestas…

– Plateia fúnebre do meu martírio –

Encontro-me sozinho e desolado,

Trancado às margens vis do meu passado!

Restou-me, então, um último delírio!

Ana Beatriz Cardoso e Gustavo Valério Ferreira
Enviado por Escola Revivalista em 08/12/2020
Reeditado em 08/12/2020
Código do texto: T7130353
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