ÁGUAS

Teu corpo áspero me arranha;

Como as ondas de um mar turvo;

Sinto essas águas em brumas;

Mergulhando em mim, o teu corpo.

Ah! Estás dentro do meu ser como o oceano;

Profundo ao se mover na minha praia;

Quando a praia beija a voga;

Pelo vento em silêncio terno, sinto.

Eu posso me sentir livre entre o céu, terra e mar...

Amando-o com fervor pela costa de meu corpo;

Tendo-o como o meu porto seguro em águas...

E, no mar aberto desse naufrágio de amor;

Busco em nós a canção dos mares em doce nostalgia;

Para que vejamos sempre o espelho que nos banha.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 27/11/2020
Código do texto: T7122078
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