ÁGUAS
Teu corpo áspero me arranha;
Como as ondas de um mar turvo;
Sinto essas águas em brumas;
Mergulhando em mim, o teu corpo.
Ah! Estás dentro do meu ser como o oceano;
Profundo ao se mover na minha praia;
Quando a praia beija a voga;
Pelo vento em silêncio terno, sinto.
Eu posso me sentir livre entre o céu, terra e mar...
Amando-o com fervor pela costa de meu corpo;
Tendo-o como o meu porto seguro em águas...
E, no mar aberto desse naufrágio de amor;
Busco em nós a canção dos mares em doce nostalgia;
Para que vejamos sempre o espelho que nos banha.