DE JARDINEIRA
Meu destino sempre foi o pecar;
E, pelos caminhos tortuosos, pecar...
Alimentar minha fúria em bruma;
Num resplendor de luzes a piscar!
Ó caminhos, que a brisa avisa em sopro;
O que o vento me traduz em meu corpo;
Lascivamente, o que me engana por prazer;
Na dor de te ter no seio do vento dessa andança.
Assim, caminho entre florestas da minha solidão;
Sem nenhum temor de me doar em carne;
O que sou em esquinas deserta n'alma à pagar.
Para que eu pensar no amor se ele mente;
Castigando o meu universo colorido em prazeres;
Com pinceladas de felicidade nua?