TEMPO
Meu rosto está fatigado;
Com traços de nanquim;
Expressando meu retrato;
Num bramido sem um fim.
Meus olhos margeiam;
Nas lágrimas que choram;
Pelos mares da vida;
Que transbordam coloridos.
Fui na outrora a aurora;
Que vislumbrava o clarão;
De um horizonte perdido.
Hoje, expressado já dito;
Sou o tempo desta aurora;
Que morre sem despedidas.