"CONFISSÃO"

A garoa, que sonhou ser tempestade

Sucumbe quando a luz que atravessa

Os pingos que o céu nos arremessa

Vem nos emprestar sua luminosidade

Pra devastar o que era vil promessa

Ao futuro seguro, de grande amizade

Mas sombra coberta de toda maldade

Escondida estava me pregando peça

Belas pernas longas, só tem a verdade

A mentira, curtas, e nelas se tropeça

Na escuridão, pois, teme a claridade

Aquela ilumina, enquanto esta, cega

“Quem se cala nem sempre confessa

Todavia é certo que também não nega”...

“Qui tacet, non utique fatetur;

sed tamen verum est, eum non negare”

(Quem se cala nem sempre confessa,

todavia é certo que também não nega).

Cwb., 20:05h

Lobo da Madrugada
Enviado por Lobo da Madrugada em 26/10/2007
Reeditado em 11/02/2008
Código do texto: T711321
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