"CONFISSÃO"
A garoa, que sonhou ser tempestade
Sucumbe quando a luz que atravessa
Os pingos que o céu nos arremessa
Vem nos emprestar sua luminosidade
Pra devastar o que era vil promessa
Ao futuro seguro, de grande amizade
Mas sombra coberta de toda maldade
Escondida estava me pregando peça
Belas pernas longas, só tem a verdade
A mentira, curtas, e nelas se tropeça
Na escuridão, pois, teme a claridade
Aquela ilumina, enquanto esta, cega
“Quem se cala nem sempre confessa
Todavia é certo que também não nega”...
“Qui tacet, non utique fatetur;
sed tamen verum est, eum non negare”
(Quem se cala nem sempre confessa,
todavia é certo que também não nega).
Cwb., 20:05h