O REGRESSO
Estou a vagar pela multidão;
Que caminham pelas ruas;
Vazias, de uma cidade a chorar;
Com lágrimas que caem do céu.
Molho-me, e como naufrago vijo;
Numa calçada, numa esquina, imagens;
Nuas miragens de mim em espelho;
A procurar a ausência de um adeus.
Ó verdade, venha falar-me de amores;
Desesperos angustiante d'alma que implora;
O regresso de um alguém que chora por mim.
Sou a parte da perda dessa multidão perdida;
Porque estou desesperado por querer ter;
Esse alguém que espero naufragando em mar.