Astro
Quando vi tuas mãos de alabastro
segurando arco e violino,
o gestual harmônico e fino
já me dizia: Contemplas um astro!
Minh’alma inocente de menino
ansiou seguir no céu teus rastros,
por espaços muitíssimo vastos
meu coração verteu-se pequenino.
Ao tocar-me de leve a tua mão,
fizeste tremular o meu coração,
qual bandeira hasteada num mastro.
Cativo em teu poderoso lastro,
sorvi a luz do teu ser cristalino,
mudando para sempre o meu destino.