IMPERMANÊNCIA

Não quero mais falar de amor;

Porque tenho minha solidão;

Como maneira impar;

De suprir meus devaneios.

Ah! como me sinto livre da ilusão;

Dessa permanência que castiga;

Os carentes que mendigam;

Por um ato de compaixão.

Da delusão olhei o meu interior;

Calado, na virtude de me ter;

Em liberta viagem ao meu eu.

Ó amor, como ser-me-ia vazia;

Viver como antes em pensar;

Se não fosse sábio observar o fim.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 25/10/2020
Código do texto: T7096268
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