O SONHAR
Os sinos badalavam e as minhas lágrimas escoriam em rio...
E, os meus amores nadavam pela minha ilusão de sonhar;
Que todo amor nesta vida é para ser eterno em juras secretas;
Como nos contos de fadas que há sempre um findar feliz.
Olhei-me no espelho quebrado, minha imagem multiplicada;
Ao perceber que as badaladas sessaram de tocar para mim;
Pus-me em lago para poder afogar-me em riso;
Depois que eu havia amado todos os homens do mundo.
Sempre desço as escadas quando o salão põe-se a bailar;
E, quando as velas que o vento apagam a chama;
Danço inebriantemente como se eu fosse o cisne.
Nesta minha vida de perfumes e amores paridos;
Sempre deixo-os me beijarem na despedida;
Porque sou eu a infinda ilusão que imagina o amor.