MAR

Minha alma aflita é como um mar bravio;

Às vezes, calmo, sereno céu, turquesa;

Depois, mescla de bravio turvo mando;

Que aflija-se e torna revôlto em vento.

Minha alma de mares tão mansas;

De cor tênue, está ancorada de dor;

E, navego entre os mares em oceano;

Até o sol de pôr na dunas de lágrimas.

Assento-me nas rochas, na beira-mar;

Em ondas bravas, forte, quero-me nu;

Para livrar-me das dores que maculam-me.

Ó, guião escuro meu mar de véu;

Despido em areias, ilhas de mel;

Misturando com o fel de afogar-se por ti.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 11/10/2020
Código do texto: T7084702
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