MAR
Minha alma aflita é como um mar bravio;
Às vezes, calmo, sereno céu, turquesa;
Depois, mescla de bravio turvo mando;
Que aflija-se e torna revôlto em vento.
Minha alma de mares tão mansas;
De cor tênue, está ancorada de dor;
E, navego entre os mares em oceano;
Até o sol de pôr na dunas de lágrimas.
Assento-me nas rochas, na beira-mar;
Em ondas bravas, forte, quero-me nu;
Para livrar-me das dores que maculam-me.
Ó, guião escuro meu mar de véu;
Despido em areias, ilhas de mel;
Misturando com o fel de afogar-se por ti.