Arquivo Morto
Hoje estive em visita a um velho arquivo
De memórias débeis, esquecidas,
Extratos, cartas, contas esmaecidas,
Tudo muito mais morto do que vivo.
Tudo passara aqui por forte crivo,
No registro formal de tantas vidas,
São tantas experiências adquiridas,
Que ora jazem inertes no passivo.
Com os olhos fixados no portão,
A espera que sufoca o coração,
Duma ingrata visita que não vem…
Do asilo lhes fizeram exilados,
Dos lares construídos deportados,
Como se não tivessem mais ninguém.
Aracaju - Sergipe, 05/ 20/2020