MINHA GUERRA
Demétrio Sena - Magé
Aprendi a livrar, mas não me agrada;
sou do tipo que sempre quer por perto;
todo aceno me deixa num deserto,
toda ida corrói o chão da estrada...
Nunca fui de prever futuro incerto,
aceitar que meu sonho deu em nada,
que meu conto é de bruxa, não de fada
e me tranca no próprio peito aberto...
Vão em paz e me deixam nesta guerra,
em um mundo no qual me sinto só
feito nada e ninguém à flor-da-terra...
Solto laços, mas isso é me dar nó;
não prender meus afetos me soterra;
quando partem sou eu que viro pó...