JOIA RARA
É uma joia rara, pequenina,
Com uma pedra rósea engastada,
Em forma de aliança cobiçada
Por quem em transe ao vê-la se alucina.
Em cupidez o olhar abre a retina
Sobre o estojo de pele aveludada
E de onde jamais será tirada,
Sendo a ilusão de ter o que fascina.
Há uma vidraça em puro diamante
Entre a vontade de quem tem o brilhante
E a de quem para ter oferta um trono.
Mas a chave que abre a vitrine
Há de ser dada a quem se determine
Maravilhar-se em tê-la, sem ser dono.