SIMPLESMENTE CRIANÇA
Quero cantar e dançar, fazer tropelias
Como uma qualquer criança distinta
Quero que meus riscos sejam poesias
Sem que aqui aja a palavra contrita.
Quero subir às árvores, subir às janelas
Rasgar os joelhos, puir minhas roupas
Rebolar no chão, olhar por detrás delas
Aos gritos de adultos, palavras moucas.
Quero jogar ao peão, saltar a fogueira
Ser um endiabrado menino sem condição
Ser o que arde como toda a madeira.
Depois em casa cansado de tanta rebeldia
Ouvir o descompasso do meu coração
Como se escrevesse a mais bela poesia.
Jorge Humberto
21/10/07