SIMPLESMENTE CRIANÇA

Quero cantar e dançar, fazer tropelias

Como uma qualquer criança distinta

Quero que meus riscos sejam poesias

Sem que aqui aja a palavra contrita.

Quero subir às árvores, subir às janelas

Rasgar os joelhos, puir minhas roupas

Rebolar no chão, olhar por detrás delas

Aos gritos de adultos, palavras moucas.

Quero jogar ao peão, saltar a fogueira

Ser um endiabrado menino sem condição

Ser o que arde como toda a madeira.

Depois em casa cansado de tanta rebeldia

Ouvir o descompasso do meu coração

Como se escrevesse a mais bela poesia.

Jorge Humberto

21/10/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 23/10/2007
Código do texto: T706098