O ESTRANHO

Sinto-me vazio nesta cidade sem destino;

Onde as luzes acessas apagam-se do nada;

E neste absolutamente nada, o caos;

Eterna companhia da escuridão d'alma.

como flagelo, em angustia e torpor, grito:

Ó, céus! Ser-me-ia justo sofrer n'alma?

Talvez eu possa está perdido apenas;

Porque sou anjo, talvez demônio; nu.

Buscando abrigo em algum ninho;

Para poder erguer-me sozinho

Nesta terra sem campina...

Árida solidão fustiga-me em lágrimas;

E no desaguar em choro, sinto-me sozinho;

Eterno rio em busca do mar que perde-se.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 31/08/2020
Código do texto: T7051374
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