UMA CORUJA (SONETO)
UMA CORUJA (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Uma coruja cantando numa árvore sobre minha casa,
Noite sombria silenciosa a desabrochar a flor de rosa,
Sonos dos sonhos sonhadores da imaginada prosa,
Cantoria surpreendente da liberdade as formas das asas.
Escurecida noite das sombras que pensamento a vaza,
Casais as núpcias das relações canções carinhosas,
Perfumarias estadias das fragrâncias elegâncias formosas,
Brincadeiras das cadeiras que de felicidade tudo extravasa.
Cantarolando pela noite a um barulho bagulho que a vasa...
Solidão sofreguidão da luz da lua nas ruas e estradas,
Postes das esperas as esferas das alianças oleosas.
Pesadelos a novelos da mais alta árvore meticulosa,
Olhos esbugalhados brilhantes irradiantes invernadas,
Cantigas lindas bem-vindas sobre a calada da madrugada.