LETREIROS
Se tu confias em mim homem, ame-me;
Vem pelos meus caminhos de sombras e mar;
Vacando incerto pelas ondas do meu corpo;
Desnudo pelo conforto da liberdade em vento.
Sejas meu reconforto em dunas de areias em grãos;
Cegando-me em deserto ao gemeres de prazer;
Ao recolheres de mim sementes que tropeçam;
Além do cair de uma alvora à vastidão da noite.
Sejas sempre meu sem escorar-se, e sim, abraçar-me;
Pois sou a tempestade que o silêncio ampara teus raios;
Nos momentos que imploras para eu parar de chorar.
Se minhas lágrimas tristes no telheiro vazio encontra-se;
Foi porque saístes sem me avisares em palavras doces;
Que não sabias a hora do retorno ao meu corpo teu.