SOLIDÃO
Moro numa cidade nua;
Sem árvores pelas ruas;
Sem folhas voando pelo ar;
Com galhos querendo chorar.
Tronco, saudades nuas;
Entre meus mistérios;
Recordações de luares;
Que foram-me um dia.
Estou na cidade nua, deserta;
Morrendo de rir pela desgraça;
Que de graça não vale nada.
Mergulho n'alma para sentir murmúrios;
Que faz-me dormir sobre o chão nu;
De uma campina que virou cinzas.