SOLIDÃO

Moro numa cidade nua;

Sem árvores pelas ruas;

Sem folhas voando pelo ar;

Com galhos querendo chorar.

Tronco, saudades nuas;

Entre meus mistérios;

Recordações de luares;

Que foram-me um dia.

Estou na cidade nua, deserta;

Morrendo de rir pela desgraça;

Que de graça não vale nada.

Mergulho n'alma para sentir murmúrios;

Que faz-me dormir sobre o chão nu;

De uma campina que virou cinzas.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 05/08/2020
Código do texto: T7027360
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