INFERNO (SONETO)
INFERNO (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Um grande, interminável e extenso mar de fogo,
Localizado para baixo da terra no espaço sideral,
Brasas das mais ferventes a quem fez o mal,
Larvas abrasadas ou mergulhadas formas a dobro.
Neste fogo estão todas as impiedades, como jogo,
Ganância, roubalheira, mortandades a fumaça aspiral...
Daquilo de ruim que se planta a judiar como animal,
Piores pecados da carne amaldiçoado a seu lodo.
Passando uma imagem terrível de cada rodada...
Pensam que há tréguas vazando os esgotos,
Gritos pelos gemidos de dor juntos com jogral.
Castigando os homens por todo ato aparato do mal,
Desesperos com desgraças do sabor retirado o sal,
A vida protelada a condenação eterna do seu troco.