O Espinho da Rosa II
Tu que foste uma rosa indiferente
Tu que foste uma rosa indiferente
que nasceu, por acaso, em meu jardim
floresceu tão vistosa e de repente,
mas sequer forneceu amor pra mim.
Muito, embora vivesse do meu lado,
meu amor simplesmente jamais quis.
Mas teimei em viver tão encantado
que pensei muitas vezes ser feliz.
Eis a flor que só fez matar meu sonho
que nasceu sem querer junto com ela
e cresceu sem contar com seu encanto:
Um amor que se fez desse tamanho
que viveu por viver – sem aquarela –
e morreu sem a ter, sofrendo tanto.