MATAR
Há momentos que penso em desistir;
Dessa vida louca que faz-me rir;
De todos momentos desnudo;
Que apedrejou-me sem dor.
Penso em voar do penhasco;
Jogar-me no vento gélido;
E morrer no ar fresco d'alma;
Minha vida num porta-retrato.
Sei que a vida é curta em vivê-la;
E que o morrer é terno em sentir;
Quando a vontade cai das árvores.
O jardim já entristeceu-se pela imagem;
Que muda de rumo entre o leste e o oeste;
Das memórias que eu apenas deixarei.