COCEIRA (SONETOS)

COCEIRA (SONETOS)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Um lugar no corpo irritado começa a coçar,

Lugar este talvez não tenha sequer lavado,

Esquecendo do talco após higienizado,

Pomadas antídotos pela agoniada área a aliviar.

Brotoejas vermelhas como calombos a ressaltar,

Feridas dos tombos atreladas artes dos levados,

Cortes das facas ou dos fragmentos quebrados,

Caroços sobressalentes que surgem para irritar.

Região espessa e queimada que faz inflamar,

Irritação do couro de um leão ou do boi a muar,

Superfície do corpo a pele ou pó que está irritado.

Cabeça, corpo e membros, pernas emparelhadas,

Braços dos abraços pegando o leve e o pesado;

Tocando com as unhas os locais que estão a suar.

Uma caspa no cabelo ou cera no ouvido pode dar,

Frieira nos dedos dos pés ou feridas estando a secar.

Piolho, sarna ou chato a um ambiente que esquentado...

Ardor da cebola nos olhos arde a um local queimado.

Pele irritada a nada que um remédio venha curar.

Após a dengue ou virose do corpo todo ensanguentado.

Trágico que deixa todos nervosos, irados e incomodados.

Depois de tantas reviravoltas isto tudo tem que de vez parar.

Coça com vara de goiabeira ou de arueira para não mais errar,

Paternidade que ao filho tem autoridade e totalidade a cuidar;

Doenças daquelas latentes de deixar todo corpo amuado.

Pior é quando se está em um leito largo ou estreito deitado,

Rolando de um lado para o outro no instante a estar atormentado,

Coçando por um bando falando no ouvido para perturbar.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 28/07/2020
Reeditado em 30/07/2020
Código do texto: T7018888
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