COCEIRA (SONETOS)
COCEIRA (SONETOS)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Um lugar no corpo irritado começa a coçar,
Lugar este talvez não tenha sequer lavado,
Esquecendo do talco após higienizado,
Pomadas antídotos pela agoniada área a aliviar.
Brotoejas vermelhas como calombos a ressaltar,
Feridas dos tombos atreladas artes dos levados,
Cortes das facas ou dos fragmentos quebrados,
Caroços sobressalentes que surgem para irritar.
Região espessa e queimada que faz inflamar,
Irritação do couro de um leão ou do boi a muar,
Superfície do corpo a pele ou pó que está irritado.
Cabeça, corpo e membros, pernas emparelhadas,
Braços dos abraços pegando o leve e o pesado;
Tocando com as unhas os locais que estão a suar.
Uma caspa no cabelo ou cera no ouvido pode dar,
Frieira nos dedos dos pés ou feridas estando a secar.
Piolho, sarna ou chato a um ambiente que esquentado...
Ardor da cebola nos olhos arde a um local queimado.
Pele irritada a nada que um remédio venha curar.
Após a dengue ou virose do corpo todo ensanguentado.
Trágico que deixa todos nervosos, irados e incomodados.
Depois de tantas reviravoltas isto tudo tem que de vez parar.
Coça com vara de goiabeira ou de arueira para não mais errar,
Paternidade que ao filho tem autoridade e totalidade a cuidar;
Doenças daquelas latentes de deixar todo corpo amuado.
Pior é quando se está em um leito largo ou estreito deitado,
Rolando de um lado para o outro no instante a estar atormentado,
Coçando por um bando falando no ouvido para perturbar.