MINHA SOMBRA

Digo-te o quanto olhas para mim;

Sem eu mesmo saber quem tu és;

Errante movimentos em livre voou;

Que passa atravessada pela minha alvorada.

Quem o és? Fala-me por um pouco tempo...

Ah! Se tu me conhecesses não fugiria de mim;

Na hora que o sol se põe no poente, o adeus;

Para que da lua esconder-se de mim, sambras.

Ó, sombra! Tu sabes bem traduzir-me em silêncio;

Quem eu sou em sonho ao cair da noite enluarada;

E, mesmo nebulosa perante a noite adentro, rezas em luzes.

Estou perdido em minh'alma, a dúvida;

Constantes lamurias que grita e mente;

Porém, nunca pode mentir para quem te conhece.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 28/07/2020
Reeditado em 28/07/2020
Código do texto: T7018857
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