Companheiro
Amigo, há quanto tempo eu não te vejo,
Confesso que não foi por culpa minha,
É que quando a tristeza se avizinha,
Trás consigo uma carga em sobejo.
Essa ausência contrária ao meu desejo,
Que para ti é causa comezinha,
Mas destas curtas asas de andorinha,
Sobram-me ainda espírito voejo.
Confiei a ti todos os segredos
Meus e meus íntimos enredos
Que originaram trevas ou alegrias.
És tu meu companheiro e confidente,
Eu não te esqueceria, é evidente:
-Bons dias, meu caderno de poesias!
Aracaju-Sergipe, 24/ 07/ 2020