Dualidade Arcaica

No galope dos ventos pesados, coberta

A irmansinha do céo constellado em cuidado

Circunscreve os amores da vida desperta

Onde a aurora furtiva é Levúnio calado.

Já chorando na cama, coitada, tão certa

Anciedade exclamando às estrellas do fado

Constelando os espaços na pálpebra aberta

Todo hymno de amor distrahido e adorado.

No silêncio o negror da ternura descura

Accordando o desejo da relva d'agrura

Traz no vento o feroz desatino, de leve...

Temporais de tormentos e inertes supplicios

Pesadelos vorazes, anseios fictícios

Das capellas trahidas... volvendo almocreve!

Ledo Literato
Enviado por Ledo Literato em 22/07/2020
Código do texto: T7013198
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