Insectos Brancos

A centésima dor dos insectos, oh fria

Corrompeu o grilhão da harmonia pisando...

Veio o céu a gritar versejando ao meu verso

O mais puro frescor dos teus lírios malditos.

O terrível furor a versão que consome

As eternas manhãs dos terrores benditos.

São as densas irmãs dos contornos ordeiros

Pregos vis... Abissais... Os efêmeros ledos...

Chuva vem colossal, e mandando o concerto

Traz o puro incomum dos dois lados altivos...

O balaio vulgar, a poterna enjaulada...

O desvelo do caos, o perverso contrito.

O final da razão contemplando os açoites

Penetrando nos céus o teu beijo mais morto!

Ledo Literato
Enviado por Ledo Literato em 21/07/2020
Código do texto: T7012022
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