Astro-rei
Pois não pergunte muito sobre o sono
nem sei que fiz, que faço ou que farei!
Eu só entendo o amor do meu outono
E não falo mais nada! Escutarei!
O véu de noiva implode, pois, ao nono
dia do calendário do astro-rei.
O tempo, fera forte qual carbono
prescreve a dor infame que serei!
Nos versos mais eternos do amanhã
Nos sonhos mais brilhantes do divã
Fulgores de um amor que me enternece...
Alegre canto tão audaz canção
Percebo como beira a maldição
do sono atroz, que vil, me desfalece.