Astro-rei

Pois não pergunte muito sobre o sono

nem sei que fiz, que faço ou que farei!

Eu só entendo o amor do meu outono

E não falo mais nada! Escutarei!

O véu de noiva implode, pois, ao nono

dia do calendário do astro-rei.

O tempo, fera forte qual carbono

prescreve a dor infame que serei!

Nos versos mais eternos do amanhã

Nos sonhos mais brilhantes do divã

Fulgores de um amor que me enternece...

Alegre canto tão audaz canção

Percebo como beira a maldição

do sono atroz, que vil, me desfalece.

Ledo Literato
Enviado por Ledo Literato em 13/07/2020
Reeditado em 14/07/2020
Código do texto: T7004928
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