O AMOR
Eu não sei se devo expressar o meu amor;
Pelo simples fato de conjuga-lo concisamente;
Em todos os tempos do verbo amar, e é claro;
Me sentir presente ao amar sem desdenhar.
Porque o meu amor nunca esmiuçou-se no chão;
Como um copo que caiu da mão, quando eu segurava;
E a chuva desse amor quando molha-me, sinto-me;
Por ser eu o orvalho em preses que dão graça.
Amo e por amar demais ponho presente, no tempo;
Ausente num pretérito imperfeito que dá-se ao futuro;
O amor, que ao me amar em sintase não comento, falo.
Ah! como se uma rosa ainda em botão desabrochando;
Em qualquer jardim em poesia, sinto o amor em mim;
A falar em beleza na bela felicidade de se ter em amor.