O LEOPARDO
Eu preciso me redescobrir como humano;
A despeito das marcantes diferenças;
Que existe em minh'alma paradoxal;
Que não é-me razoável minha precisão.
Mesmo que eu seja muitos num tão pouco;
Estarei convencido desta minha vida escrita;
Que grita meio ao silêncio esse desejo;
Que sou o universo que ainda não conheço.
Disse que aceitava-me na minha razoável aceitação.
Na minha vida à horas divididas em loucura e sanidade;
No meio dessa grande multidão que clama o mesmo grito.
Chegará o tempo da morte em todos, em mim um só...
Apenas o solitário guardião das almas minhas em vida;
Dar-me-á lugar para minha homilia passada em vida.