DÚVIDA
Não sei o que quero, e menos o que espero.
Desejo o abismo, a justiça e a vida?
Sigo a vontade ao desenhar o belo?
Ou abro os braços para a despedida?
Olho o tudo, o nada e o indeciso,
Escuto os sons anunciando o sonho,
Traços no muro desenham o aviso,
Não sei se o apago ou o brilho ponho.
Ao mar, ao céu, ao X da natureza,
A terra seca pede um pouco d’água,
Para animar o viço da beleza.
Nascer de novo , esquecendo a mágoa?.
Tomar a vida com toda certeza,
Sentir o árido tornar-se água.