Merveilleux
Conquanto o tenro ocaso aplaude a vida
as predições do tempo vão correndo
A tua prosa atende reprimida
e tua carne seca vai moendo...
Mananciais contemplam a batida
da música cruel acontecendo
Que açoita minha orelha comprimida
à supressão do mundo retorcendo...
Assim nós vamos percebendo a morte
enquanto descobrimos nossa sorte
Eu resto morto ao tempo, o meu abismo...
Revelo-me sombrio ao grande acaso
Comigo eu tenho a vela d'um ocaso
é sempre a vida ou morte o mesmo cismo.