Soneto de Dolências
Apesar de meu contentamento
Em voz plangente canto minhas dolências
Palavras sutis, mas que dilaceram. Atenda!
Pois estas são ignotas no esquecimento.
Com estes olhos já soturnos
E o anseio no coração que pungem a alma
Canto palavras volúpias que me acalma
E caio morosamente em sono profundo
Canto, canto amadornado
A fastidiosa canção plangente
Que grita a todo momento
Por um amor que dure eternamente
Que cure este anseio que tanto almejo
Que já me deixou um tanto dilacerado.