A VIDA VEM DA VIDA
Ó tempo, estás em mim porque és vento;
Algo que paira sobre nós, o espírito d'alma;
Que não posso em nós vê-lo num voar;
Sendo tu brisa, tempestade, vendaval, tempo...
Passas de manhãzinha, pela tardinha...ao anoitecer;
Passas com trovoadas e relâmpagos de luzes;
Que vislumbram-me em brisa, um orvalho...
Um chorar de chuva, um ventar de névoa.
Adentra dia e noite e sinto-o num nós, o vento...
Ventania que pensamos porque movimenta-nos;
Motivando-nos a vivermos nos ares, o baile.
Sentimos num todo inefável, o ser que passa;
Inefavelmente envolvendo-nos em marcas;
Lembranças que não se rasga, guada-se.