Sonhos
Sonhos - nuvens por brisas embaladas,
Ventos brandos conduzem em segurança,
São regados nos ares da esperança
E despencam em chuvas orvalhadas.
Quando por tempestades são lufadas,
Desaparecem célere a bonança,
Como desaparece a temperança,
De inúmeras criaturas enfunadas.
Penso que abandonado morrerei,
Se não pelos amores que guardei,
Mas pelos tantos sonhos cultivados.
Ainda assim, plantarei sonhos na beira
Do caminho, em chão úmido e leira,
Que floresçam por todos desejados.
Aracaju- Sergipe, abril/2020