A Praça
Calado repenso, quedo no frio,
Sugando o terror cruel e vazio
Com tua volúpia à vida de horrores
E o olor deste peito em tuas mil cores.
Todo o laivo alterna o esplendor sem brio
e castiga ao leito fugaz do rio
Estes versos mortos e com temores
são pesados vasos de grandes flores
E nesta gaita de fole que enlaça
enrosco o peito na lua que traça
Desmiolando a partilha do horror!
Assim caminho na saia da praça
Contemplo os ventos andinos qual caça
corrói o peito por falta de amor!