A Praça

Calado repenso, quedo no frio,

Sugando o terror cruel e vazio

Com tua volúpia à vida de horrores

E o olor deste peito em tuas mil cores.

Todo o laivo alterna o esplendor sem brio

e castiga ao leito fugaz do rio

Estes versos mortos e com temores

são pesados vasos de grandes flores

E nesta gaita de fole que enlaça

enrosco o peito na lua que traça

Desmiolando a partilha do horror!

Assim caminho na saia da praça

Contemplo os ventos andinos qual caça

corrói o peito por falta de amor!

Ledo Literato
Enviado por Ledo Literato em 17/06/2020
Código do texto: T6980330
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